Balada de um suicída
A forca em meu jardim, as pessoas dizem,
É nova, pura e possui a altura adequada.
Ato a corda de um modo conhecido
Como quem dá o nó da gravata numa bola;
Porém, apenas quando todos os vizinhos – na parede-
Esboçam um largo suspiro e gritam “Hurra”!
Um estranho capricho me toma... Depois de tudo
E penso que não me enforcarei hoje
Amanhã será o dia de meu pagamento –
A espada de meu tio pende no vestíbulo
Vejo uma pequena nuvem toda rosa e cinza
Talvez a mãe do reitor não chame – imagino
Que teve notícias do Sr. Gall
Estes cogumelos poderiam ser cozidos de outra maneira-
Nunca li as obras de Juvenal –
Penso que não me enforcarei hoje
Haverá outro dia para que o mundo se lave;
Os decadentes decaem; os pedantes, insípidos;
H. G. Wells descobriu que as crianças brincam;
E Bernard Shaw que elas têm rachas,
Os racionalistas crescem racionais -
E através dos espessos bosques encontro um córrego perdido
Tão pequeno que o mesmo céu parece pequeno –
Penso que hoje não me enforcarei.
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