domingo, 25 de julho de 2010

Octavio Peñaloza





              Minha Casa

Morada de insetos, minha casa

plágio do mundo

voz que nela se perde



no meio do mar

sou um cadáver

em minha cama

que abandono

                      mulher sem nome



morto errante

pelas noites

                   volto a ela


a poeira de meu dia aterriza

o torpor da tarde azeda

canto na sala

e aplaudem os insetos


.

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