sábado, 26 de junho de 2010

Clementina Suárez


       Combate


Eu sou um poeta,

um exército de poetas.

E hoje quero escrever um poema,

um poema assobios,

um poema fuzis,

para pregá-los nas portas,

nas celas das prisões,

nos muros das escolas.

Hoje quero construir e destruir,

levantar em andaimes a esperança.

Despertar a criança,

arcanjo das espadas,

ser relâmpago, trovão,

com estatura de herói

para cortar, arrasar

as raízes podres de meu povo.




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